Eproc - Processo Judicial Eletrônico

TJAC realiza primeira reunião de trabalho de implantação do eproc com representantes do Sistema de Justiça

Reunião interinstitucional com instituições também foi momento de ouvir as instituições que integram o Sistema de Justiça e reforçar que todo o processo de implantação será feito de forma organizada e transparente

A presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargadora Regina Ferrari, e o presidente do Comitê de Governança de Tecnologia da Informação (CGTIC), desembargador Laudivon Nogueira, conduziram nesta quinta-feira, 19, reunião com membros do Ministério Público do Acre, da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Acre (OAB-AC), da Defensoria Pública do Acre, da Procuradoria-Geral estadual e municipal, da Secretaria de Segurança Pública e da Polícia Civil, sobre a implantação do Sistema de Processo Judicial Eletrônico (eproc).

O encontro ocorreu no Palácio da Justiça e contou com a participação do coordenador do Comitê Gestor da PDPJ-BR, desembargador Nonato Maia; da juíza-auxiliar da Presidência, Zenice Mota; da gestora local da implantação do eproc, juíza de Direito Louise Santana; dos diretores e assessores do Judiciário. 

O eproc, que vai substituir o Sistema Judicial Eletrônico, SAJ, representa um marco na jornada de modernização do TJAC e deve ser implantado no próximo ano. A escolha do sistema começou a ser moldada em 2023, em conformidade com a orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que determina a utilização de sistema de domínio público.

Desenvolvido pelo TRF-4, o eproc é um sistema de domínio público e já teve a adesão de doze tribunais de todo o país, de diferentes segmentos, e três tribunais estaduais estão em fase de implementação, criando uma verdadeira rede que permite a troca de conhecimentos e permanente evolução da ferramenta.

Além da agilidade, o eproc traz ganhos significativos para a eficiência do Judiciário. A tramitação dos processos será muito mais rápida, contribuindo diretamente para a celeridade na prestação jurisdicional.

Abertura

Com o comprometimento em proporcionar um processo de trabalho mais eficiente, que beneficie a todos que integram o Sistema de Justiça do Estado, a atual gestão do TJAC, junto ao Grupo de Trabalho de Implantação do eproc, se dedicaram a estudos detalhados das opções de sistemas disponíveis, levando à escolha dessa plataforma como a solução mais adequada.

Foi nesse contexto que o desembargador Laudivon Nogueira, que coordena a implantação de sistema, abriu a reunião que marca o início da implantação da ferramenta no Judiciário Acreano. Segundo ele, o Poder Judiciário acreano vive hoje uma etapa de um sonho construído a várias mãos e que todas as instituições estarão juntas nesse processo de mudança.

“Foi uma reunião muito produtiva. Os próximos passos serão baseados em discussões temáticas por instituição, de acordo com o que cada um deverá fazer para ter a interoperabilidade. O que é a interoperabilidade? Que todos os sistemas dessas instituições possam conversar com o sistema eproc. E isso será tratado em reuniões técnicas com todos os participantes”, disse.

Na oportunidade, o desembargador anunciou que o projeto piloto será iniciado pela Vara de Registros Públicos, Órfãos e Sucessões e Cartas Precatórias Cíveis, com previsão para janeiro de 2025.

Logo depois, a desembargadora Regina Ferrari lembrou quando o Tribunal Pleno Administrativo aprovou o uso da plataforma, em outubro de 2023, e que a reunião de hoje é, de fato, para o início da jornada. “Devemos começar esses primeiros passos lembrando que é a união que gera resultados exitosos. O sucesso de qualquer empreitada, especialmente uma tão desafiadora quanto a implantação do eproc, depende do esforço conjunto de todos os envolvidos”, disse a presidente.

Ela ainda destacou que o caminho pela frente será repleto de desafios, como a adaptação às novas ferramentas tecnológicas, a capacitação de servidores e colaboradores, a transição de processos em andamento e que o compromisso do Tribunal de Justiça do Acre é realizar todas as etapas deste processo com organização e transparência. 

“Cada fase de implementação será conduzida com o devido cuidado, para que possamos minimizar os impactos e garantir que a prestação jurisdicional continue fluindo com qualidade. Essa será uma transição realizada com planejamento, em que nenhum passo será dado sem a devida preparação e sem o devido suporte técnico. Contamos com a participação ativa de cada instituição para que possamos assegurar que o eproc, além de ser um avanço tecnológico, represente uma verdadeira melhoria na prestação dos serviços jurisdicionais à sociedade acreana”, finalizou.

Debates

Ouvir os representantes das instituições para que todos tenham acesso ao cronograma e colaborem com a implementação do sistema tem sido fundamental para a equipe do TJAC, para alinhamento das expectativas e objetivos, garantindo que todos fiquem engajados nesse processo. Ao final do encontro, houve esse momento de escuta, compartilhamento de dúvidas e opiniões.

Antes de iniciar os debates, o desembargador fez um histórico sobre a evolução dos sistemas de processo judicial eletrônico no Poder Judiciário acreano, apresentou o plano detalhado de implantação do eproc, explicação sobre fluxo de trabalho previsto, as etapas do processo de implementação e as estratégias de capacitação que serão adotadas para garantir que todos os usuários tenham o suporte necessário para a transição. 

O procurador federal do Estado do Acre, Breno Fonsêca, considera que o sistema eproc seja um avanço na Procuradoria Federal por ser nacional e ter uma função de integralidade entre os sistemas públicos. O diretor de Tecnologia do Ministério Público, Roberto Romanholo salientou que o sistema será uma grande evolução para o TJAC e parabenizou pela iniciativa.

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